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(Foto: Getty Images) |
Dana White é um homem direto. Raramente ele joga palavras fora ao comentar qualquer assunto, ou tem qualquer atitude em vão. A compra do Strikeforce pela Zuffa, empresa que comanda o UFC, teve influência direta de White, que pretendia gerenciar os dois eventos e empregar mais lutadores, além de conquistar mais espaço junto às redes de TV. Apesar do plano parecer perfeito, as coisas não estão tão satisfatórias para o "chefe", como White é chamado pelos lutadores. Empolgado com a visibilidade e a rivalidade que o duelo entre Ronda Rousey e Miesha Tate ganhou junto à mídia, Dana fez diversas recomendações aos executivos do Strikeforce, que na sua opinião elevariam o evento a um outro nível. Entretanto, um telefonema do novo chefe do evento, Stephen Espinoza, mudou tudo.
Segundo White, Espinoza teria decidido que não faria as coisas exatamente como Dana sugeriu, o que desapontou o chefe do UFC. Mas o que lhe deixou mais irritado foi a atitude de Espinoza ter dito isso não diretamente a Dana, mas a outro executivo da Zuffa, Pete Dropick.
- Eu jamais vou cometer esse erro de novo. O UFC é meu lugar, e é onde eu tenho que ficar. Quase perdi uma luta do UFC pela primeira vez em 11 anos por causa do Strikeforce. Eu realmente estava pensando em não ir à Austrália para estar presente em Ohio, onde aconteceu o evento entre Rousey e Tate. Isso estava na minha cabeça quando Pete Deopick me ligou, no Japão, para dizer que eles não fariam quase nada do que eu havia sugerido. Eu mandei eles se danarem. Falei com todas as letras que eles deveriam voltar a falar de boxe com quem quisessem - disse o executivo, em entrevista ao site "MMA Junkie".
Dana White não quis dizer quais foram suas sugestões, mas as classificou como "algumas pequenas dicas que achamos que tornariam o espetáculo melhor".
No entanto, o presidente do UFC deixou claro que ele acha que a Showtime, empresa que exibe o Strikeforce, está cometendo um grande erro.
- Esses caras estão deixando um produtor de quinta categoria comandar a sua empresa, e foi exatamente isso o que eu disse a Espinoza. Você quer deixar essa pessoa comandar a sua companhia? Vá em frente. Mate o seu negócio. É problema seu. Eu tenho outro emprego.
O que isso representa para o futuro do Strikeforce ainda é uma incógnita. Por enquanto, Dana White garante que respeitará os termos legais do contrato que foi assinado entre as duas empresas, e fará o que for melhor para os fãs do MMA. Mas admite que gostaria de fazer mais do que fará de agora em diante.
- O lado bom disso tudo é que o Strikeforce é nosso, e nunca vai ser ruim. Nós o comparmos, e garantimos que as lutas serão sempre ótimas. Vou fazer o que sou obrigado contratualmente a fazer junto à Showtime, e é isso que farei - finalizou.
Fonte: SporTV.com