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Dana White prevê expansão ainda maior do Ultimate (Foto: Agência Getty Images) |
Um sueco pergunta quando o UFC voltará ao seu país. Um russo, quando o evento chegará ao seu. Um italiano, a mesma coisa, e também um indiano, um irlandês... Dana White sorri e responde da mesma forma. Todos estão na mira. Os limites do UFC hoje são os da própria capacidade de lidar com a demanda por eventos. Mas os planos para o futuro são ambiciosos. Novos "The Ultimate Fighter" ao redor do mundo, rankings nacionais de lutadores e até lutas com diferentes regras para chegar aos Jogos Olímpicos.
- Eu sempre disse que queremos chegar a todos os cantos do mundo, não apenas com o UFC mas também com o TUF. Nós sabemos do enorme interesse em diversos países, somos muito cobrados e perguntados, mas temos que nos planejar para isso. Um UFC não é apenas o que as pessoas veem pela TV. Aquilo é apenas uma pequena parte. A logística e a infraestrutura são enormes. Nosso próximo passo é chegar à Índia, mas já estamos pensando na China também - afirmou Dana White em Estocolmo, onde esteve para acompanhar o primeiro UFC Suécia.
Depois de Estados Unidos e Brasil, a Índia é o terceiro país a ganhar uma edição do TUF. Mas no país asiático, o domínio do UFC sofre ameaça de um programa de TV com fórmula parecida, chamado "The Super Fighter".
- O UFC já passa na TV indiana e agora teremos o TUF local. Já ouvi sobre o Super Fighter, mas vamos esperar e ver o que irá acontecer. Já tivemos milhões de outras ligas, isso nunca foi problema. Vamos ver mais essa agora. Mas eu faço apenas uma pergunta: se você se considera um talento, vai querer lutar no Super Fighter ou no UFC? Estou bem tranquilo quanto a isso - disse o presidente do UFC.
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Arena do UFC Suécia. Dana White está de olho na China (Foto: Rafael Maranhão / Globoesporte.com) |
Segundo Dana White, a Austrália será o quarto destino do TUF, que também voltará a ter versões com diferentes países. A primeira delas, uma edição Austrália x Europa. Para o dirigente, aproveitar os lutadores surgidos nos TUFs será o caminho natural da organização.
- Expandindo os eventos iremos abrir as portas para mais lutadores, que precisarão ganhar experiência. Estamos trabalhando nisso. Hoje temos 370 lutadores, serão muitos mais. O ideal seria ter dois shows ao mesmo tempo, mas é muito complicado. Não são apenas os lutadores, são os apresentadores, os profissionais que cuidam da transmissão e muitos outros. O trabalho é árduo.
Com lutadores em diferentes países, o UFC trabalha com a possibilidade de organizá-los dentro de rankings nacionais ou continentais, a exemplo das organizações de boxe.
- Nós teríamos os melhores da cada país e eles poderiam enfrentar os lutadores do ranking mundial do UFC. Essa é uma ideia que já discutimos e que faz todo o sentido a longo prazo.
A criação da Federação Internacional de MMA (IMMAF), cujo anúncio foi feito durante a semana do UFC Suécia, foi bem recebida por Dana White. Ele apóia a iniciativa da organização mas não tem a mesma visão dela em relação a lutas amadoras. No entanto, assim como a IMMAF, o presidente do UFC disse acreditar no MMA transformando-se em esporte olímpico no futuro, mesmo que tenha que criar uma versão com regras diferentes.
- Não acredito em MMA amador. É só uma desculpa para ganhar dinheiro e não pagar os lutadores. Não acredito em amadorismo até que uma federação organize e regule o esporte como no boxe. O boxeador percorre todo o caminho como amador, ganha a medalha olímpica e depois vira profissional porque todo mundo quer vê-lo lutar. Esse pode ser o caminho do MMA também. É uma mistura de várias lutas que já são esportes olímpicos, então faria todo sentido estar nos Jogos. Poderíamos alterar algo, golpes com cotovelos por exemplo, e chamar de versão amadora. Chegar as Olimpíadas seria a melhor coisa que já aconteceu para o nosso esporte.
Fonte: SporTV.com