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Momento polêmico em que John Albert afirma não ter pedido para terminar o combate. (Foto: SporTV.com) |
O peso-galo John Albert, que foi derrotado de forma polêmica por Erick Perez, através da decisão da árbitra Kim Winslow, que julgou que o lutador já não tinha condições de prosseguir no combate. Para Albert, a decisão de Winslow foi precipitada, já que ele não havia desistido - nem verbalmente - da luta.
- Eu não disse que desistia. Não falei "desisto", "pare" ou "bati". Essas são as únicas coisas que se pode dizer para encerrar um combate. Só porque você gritou, não significa que você tenha que interromper uma luta. Não sei mais como explicar isso. Eu gritei porque estava fazendo força para sair daquela posição. Havia cerca de cinco centímetros ainda para dobrar antes de chegar ao meu limite naquela posição. Não havia absolutamente nada errado ali. Meu braço não ficou lesionado. Infelizmente é uma história triste e uma decisão equivocada - disse o Albert ao site "MMA Mania".
Sobre a decisão da árbitra em parar o combate, Albert disse entender o risco, mas discorda da decisão de Winslow em encerrar a disputa.
- Entendo que seu corpo possa estar no limite, mas sei lá... Na minha opinião, você nunca deve parar uma luta a menos que alguém diga "eu desisto" de forma consciente. Um grito não significa que eu queira desistir. Se ela treinasse e entendesse o esporte, veria que eu estava trabalhando para sair daquela posição. Eu não estava me complicando, e é aí que se chega ao ponto em que é necessário que haja pessoas que entendam o esporte, e não virem árbitros após uma aula de 30 minutos.
Perguntado se havia recebido algum pedido de desculpas de Kim Winslow após a luta, Albert foi categórico:
- De forma alguma. Nada. Tudo que sei é que eu gritei ao fazer força para sair da posição, ela interrompeu a luta e eu repeti diversas vezes que não havia batido. Ela me disse que eu desisti verbalmente, e eu neguei. Dennis Hallman, como bom treinador que é, entrou no octógono e falou com ela. Mais tarde, ele a levou até a comissão de arbitragem e pediu que ela explicasse o que havia acontecido, porque eu não havia batido. Ela disse: 'Bem, ele não desistiu verbalmente, mas eu fiquei preocupada com seu braço'. Essas foram exatamente as suas palavras perante a comissão, que acatoou os seus argumentos. Agora vou contestar esse resultado, porque não quero essa derrota no meu retrospecto. Me sinto mal por Perez, porque ele mereceu a chance de ter uma vitória, que agora deverá ser retirada de seu retrospecto. Mas, tecnicamente, ele não venceu. É injusto com ambos os lutadores. Ele poderia ter me vencido no segundo ou terceiro rounds. Estávamos a apenas 45 segundos do fim do round, e você nunca sabe o que pode acontecer em uma luta. Eu poderia tê-lo vencido também. É ruim para os dois. O melhor seria lutarmos novamente. Mesmo que não seja exatamente a mesma luta, acho que seria a solução menos injusta - finalizou o lutador.
Fonte: SporTV.com